segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Luto pelo macaco-robô



Em outro texto do blog discutimos a questão da Ética em Pesquisa. Para se realizar uma pesquisa, tanto com humanos quanto com animais, o projeto tem que ser aprovado por um Comitê de Ética que segue normas nacionais e internacionais. Essas normas servem para garantir, dentre várias coisas, que não seja provocado algum dano e/ou maus tratos aos envolvidos. Também para que a pesquisa busque um benefício presumido. 

Isso é extremamente importante para garantir a vida e a saúde dos participantes do estudo. Num programa realizado pela BBC foi colocado um macaco-robô junto aos outros macacos (figura a seguir). O objetivo era filmar os animais e ver como eles reagiriam a esse "estranho". 

A informação do novo membro do grupo (o estranho) chega até os olhos deles, é transduzida e encaminhada ao cérebro, onde é processada. O cérebro tem que processar, elaborar e organizar essa informação de maneira lógica, dando sentido e coerência ao mundo. Então esse estranho foi percebido pelos macacos como um deles para o mundo ter coerência . Afinal, os macacos não estão acostumados a verem robôs na natureza.
 

Macacos Semnopithecus

Agora, vem a questão ética. Apesar de não ser uma "pesquisa", o vídeo mostra o porquê de se preocupar com os possíveis danos causados. Em determinado momento os macacos interagem com o macaco-robô, ele cai e para de funcionar. Os macacos entendem que ele morreu (lembrem-se, o cérebro tem que dar coerência ao mundo). O que será que acontece? Será que os macacos sofreram, ou algum dano foi causado a eles? Assistam o vídeo para entender melhor:

 

Bruno Marinho de Sousa

Mais informações:
O vídeo foi visto no site: Lolhehehe.
Como a informação sensorial é processada
A luz e o olho
Ilusão de Ponzo

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